segunda-feira, 23 de março de 2015

AZUL - a cor do amor.



LA BELLE DE JOUR - ALCEU VALENÇA

Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
A moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul, era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour

La Belle de Jour
Era a moça mais linda de toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi o meu primeiro blues
Mas Belle de Jour, no azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Se você voltar (conto)


Ele estava sentado na escada de sua habitação quando se deu conta da burrice que tinha feito. Acabava de dar um fora em seu grande amor, para enfim, explorar a promiscuidade advinda de suas veias. Ele não tinha noção do mal que podia causar sobre os adentros de uma pessoa que foi rejeitada.

Olhando pela janela aquela árvore cheia de arbustos e folhas.

Finalmente decidiu pegar seu carro e ir o mais rápido à casa da pessoa amada. Quando, no caminho quase que delirando, lembrou-se das noites de brigas árduas que acabavam em atos vorazes, pecaminosos para muitos, mas que os alegravam como crianças em pura brincadeira.

Chegou a casa dela, chamou à porta, e nenhum sinal de vida. Tomou coragem, arrombou a fechadura e invadiu a residência...

Lá dentro, um caos, objetos quebrados, jogados no chão, fotos rasgadas, roupas cortadas. Escutava-se apenas o tic tac do relógio na parede da cozinha. Onde ela estaria a essa hora?

Sua cabeça estava a mil. Não sabia aonde ir. Eles costumavam ter poucos amigos. Na verdade eram os únicos amigos, namorados e amantes. Veio à tona a cena da discussão: Era antes de meio-dia. Ele tentava convencê-la que não sentia mais atração por ela e que precisava de um tempo só. Ela dizia que não se via sem ele e que o amava mais que tudo nessa vida. Por fim, ele a derrotou com sua imposição e com um frio e estranho pesar, ele já saindo de sua cozinha a caminho da porta, ouve: “Se você voltar, terei a certeza que seremos um do outro para sempre!”. Sem mais, como se tomado por alguma força, foi embora sem olhar para trás. Liberdade! Aquela tarde era para ser a melhor de sua vida.

De repente ouviu a torneira da suíte aberta. Mas, não estava?!
Seguiu andando até o quarto e por fim o banheiro. No qual se afogou com aquele mar de lágrimas rubis. Sua amada não estava mais ali.
 
(Ruan Carlos Teles de Araujo, 10-09-2011)

Fábula moderna

A importância de dominar mais de uma língua!

Fonte: desconhecida.