sábado, 4 de outubro de 2008

O que é a Filosofia?

O homem já nasce com uma visão filosófica do mundo, porém essa visão se apaga com o tempo, e raramente ele se pergunta novamente o que seria a filosofia. Sendo que quando se é perguntado, vem logo uma resposta equivocada de que filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos.

Não podemos dizer que filosofia é arte, pois não cabe a arte criar conceitos, e sim criação sobre a sensibilidade do ser.

A Filosofia nasceu entre a amizade dos gregos com a sabedoria, numa atmosfera livre, onde estes gozavam de liberdade. Assim, eles levantavam questões abertas, procurando a sabedoria, diferentemente dos antigos sábios, que achavam que a possuía.

O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. E criar conceitos sempre novos é o papel da filosofia. Então, os amigos (filósofos) devem desconfiar sempre dos conceitos que lhes são ditos, desde que ele mesmo não os criou.

Como conceitos sempre são criados, renovados, substituídos. Sempre existirão novos personagens conceituais, que não são reduzidos à complexidade do filósofo grego, já que estes novos exercem um papel importante na evolução da filosofia.

A filosofia é a mãe das "ciências", e somente cabe a esta criar conceitos, sendo que sem as assinaturas daqueles que os criam, não seriam nada.

Não existe uma definição concreta para a filosofia. Sabemos, ao menos, que ela não é contemplação, nem reflexão, nem comunicação. Mesmo sendo confundida muitas das vezes com essas.

Dentre as determinações da filosofia estão: conhecer-se a si mesmo, aprender a pensar, fazer como se nada fosse evidente, espantar-se.

Os conceitos que foram substituídos, de filósofos antigos, não morrem. Sempre existirão na história da filosofia.

Por mais que a exclusividade da criação de conceitos compete somente à filosofia, não é somente privilégio desta as diversas maneiras de pensar e de criar, que não são conceitos, como exemplo, o pensamento científico.

A filosofia é um conhecimento eminentemente teórico, serve para criar conceitos. E mesmo que mude seu nome, nunca deixará de existir.

A rivalidade sempre cruzou a história da filosofia. Desde os primeiros amigos, até mais recentemente com as ciências do homem, que desejavam substituir a filosofia, como a sociologia, epistemologia, lingüística, psicanálise e análise lógica.

Porém a vergonha maior para a filosofia aconteceu quando a informática, o marketing, o design, a publicidade e todas as áreas da comunicação tomaram para si a palavra conceito. Assim se autodenominando: conceituadores. Na verdade, essas áreas não criam conceitos, e sim promoções comerciais.

Então se as três idades do conceito são a enciclopédia, a pedagogia e a formação profissional comercial, só a segunda nos impede de cair, dos picos do primeiro ao desastre absoluto do terceiro, que são os benefícios sociais do ponto de vista do capitalismo universal.

(Texto de Ruan Carlos Teles de Araujo, licenciado em Letras Português - Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe. Baseado na obra O Mundo de Sofia.)

sábado, 27 de setembro de 2008

Poeta latino Lucano

· A vida e ideologia

Marcus Annaeus Lucanus nasceu em Córdova, no dia 3 de novembro do ano 39 d.C.
Filho de Marco Anneo Mela, que era irmão do fiçósofo Sêneca, e Acilia, filha de Acilio Lucano.Poeta latino que educou-se em Roma e Atenas. Conheceu o êxito político e literário desde muito jovem. Porém, fez parte da conspiração de Pisão, juntamente com seu tio Sêneca, que visava derrubar Nero. Então, descobertos, foram obrigados a cortarem as veias dos pulsos; Lucano morreu dia 30 de abril do ano de 65 d.C., enquanto recitava seu poema sobre a morte de um soldado ferido, aos 26 anos.

· Época histórica

Dinastia Júlio-Claudiana (14 – 68 d.C.)

É marcada por intensos conflitos internos entre os senadores e os imperadores: Tibério, Caio, Júlio César (Calígula), Júlio-Cláudia e Nero.
Nero foi responsável pelo incêndio de Roma e pela perseguição aos Cristãos.

· As Obras

Lucano compôs muitas obras em versos que se perderam: dele resta apenas, interrompida pela morte, a obra maior, um poema épico em dez livros, sobre a guerra civil entre Pompeu e César (Bellum civile), em 48 a.C., que é, todavia, mais conhecida sob o título do episódio culminante, isto é, de Pharsalia.
Em “A Farsália”, Lucano afastou-se da tradição mitológica para dar prioridade aos fatos históricos. Nobre e retórico, o estilo do texto constitui o instrumento adequado para expressão das idéias filosóficas e morais do autor, que manifestou sua aversão a César, apresentando-o como sanguinário e sacrilégio, e sua admiração por Pompeu e seus correligionários, em quem via os campeões da república e da liberdade. Há passagens grandiosas, como a descrição da batalha no livro VII, e a morte, contudo de Pompeu no livro VIII.


Resta (-lhe) a sombra de um grande nome!
Fonte: A Farsália
Tema: Fama

César, grande em tudo, / não acreditava em nada efetivamente enquanto existisse algo por fazer
Fonte: A Farsália
Tema: Ação

Ó morte, por que não és negada aos vis, / por que não és prêmio apenas para os fortes?
Fonte: A Farsália
Tema: Morte

A grandesa precipita-se sobre si mesma: esse limite foi imposto / pelos deuses ao crescer da prosperidade
Fonte: A Farsália
Tema: Prosperidade


Lucano também, em sua obra mestre, substituiu o mecanismo dos elementos religiosos pela força do pensamento humano, com ousada inovação.
Tal tentativa teria por certo trazido uma onda de novidade à poesia, se a jovem vida de Lucano não tivesse sido cortada tragicamente: apesar disso representa uma contribuição que não passa despercebida no desenvolvimento da literatura latina.

Ao pai da Linguística: Saussure

Podemos considerar a linguística como a ciência que estuda a forma de se comunicar, pensar e se expressar de uma sociedade, ou seja, sua linguagem.

A fala é um sistema individual. Já a linguagem é um sistema social, onde podemos citar a interação humana através da língua.

A linguística tomou certa importância a partir da década de 60 na Europa e só após as décadas de 70 e 80 foi implantada no Brasil.

Trata-se de uma ciência muito abrangente. Desde os estudos da linguagem de uma propaganda, até os estudos  mais aprofundados de um texto ou comparação entre línguas, trabalhamos com a linguística.

Vemos também que a linguística vem sofrendo e ainda sofrerá mudanças com o tempo, pois, surgem novos gêneros textuais ao longo da história humana. Sendo assim, ela deve acompanhar essas evoluções.

(Breve dissertação sobre a Linguística, feita no 1º período do curso de Letras Português-Espanhol, da Universidade Federal de Sergipe, pelo aluno Ruan Carlos Teles de Araujo)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Drogas: liberar ou não liberar?

Liberar as drogas ilícitas em nosso país pode causar o aumento de contravenções. Por outro lado, é hipocrisia da sociedade esta proibição, já que existem drogas nocivas liberadas e em uso.

Um lado da sociedade defende a não liberação das drogas como a maconha, cocaína, crack, extasy. Pois, afirmam que aumentará o consumo destas, por conseguinte a elevação dos índices de violência, roubos e furtos devido os efeitos destas drogas.

A outra parte da população tem uma visão oposta a da primeira. A liberação amenizaria os atos de infração e acabaria com o tráfico. O que traria um alivio geral para a sociedade.

Existem drogas como o álcool e o tabaco que causam mais danos que as ilegais. Por exemplo, câncer de pulmão e suas variáveis em fumantes, cirrose hepática e câncer de fígado nos alcoólatras. Além dos problemas nos relacionamentos pessoais, causados pelo consumo destas substâncias.

Legalizar ou não, não é o principal. O que deve ser levado em conta é o comportamento dos que fazem uso destas substâncias e a consciência das conseqüências dos seus atos consigo mesmo e com os outros. Esta discussão só remete a um fator, usar drogas lícitas ou ilícitas tem suas conseqüências, graves por sinal, cabe a cada um decidir que caminho tomar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

À instabilidade das cousas do mundo...

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.



(Gregório de Mattos)




Podemos ainda correlacionar esse poema gregoriano com o magnífico livro do filósofo Jean-Jacques Rousseau - Os devaneios do caminhante solitário.
E com a música de Toquinho e Tom Jobim "Sei lá... A vida tem sempre razão":




http://www.youtube.com/watch?v=KVMvkC8pVh8


#Ficaadica

sábado, 28 de junho de 2008

Poesia sacra de Gregório de Mattos

O todo sem parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo

Em todo sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda parte,
Em qualquer parte sempre fica todo.

O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.

Não se sabendo parte deste todo,
Um braço que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Porta-retrato

Parecia um sonho a gente ficar junto
Andar a pé na chuva sem medo de amar
Lembra de tudo o que vivemos
Das tardes de domingo, da mágica no olhar
Aceitar que tudo se perdeu, amor não dá
Ouvir meu coração pedindo pra você voltar
Vai passando o tempo e eu não sei me controlar
Não dá, ficar sem você não dá
Num porta-retrato, a gente se abraçando
Momentos que ficaram difíceis de esquecer
Te amo, sei que ainda me ama
Bateu saudade, chama que eu volto pra você


(Tivas / Carlos Randall)

sábado, 19 de abril de 2008

Vento No Litoral



Vento No Litoral (Dado Villa-lobos, Marcelo Bonfá E Renato Russo)

De tarde eu quero descansar, chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar,
Existe algo que diz,
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem

Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?

- Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos
...

sábado, 12 de abril de 2008

Codinome Beija-Flor

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

(Cazuza/Reinaldo Arias/Ezequiel Neves)



quinta-feira, 3 de abril de 2008

Se ainda tivesse tempo

Se ainda tivesse tempo
Ainda que no relento
Ficaria sempre atento
E sopraria ao vento
Que o meu sentimento
É nesse momento
Um indecifrável conhecimento
De tudo aquilo que não pude ter.

(Ruan Carlos Teles)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um livro magistral.


"Naquele momento, uma certeza me veio à cabeça: Deus jamais condenaria um amor tão verdadeiro como o meu. Um sentimento puro como este, desprovido de qualquer preconceito, egoísmo, inveja, nojo ou seja lá o que mais pode ser pecado. Deus teria que ser insensível para me condenar ao inferno."

"Como crianças, deixamos o quarto na maior bagunça. Camisetas, cuecas, meias brancas, calcinha, e sei lá mais o quê, espalhavam-se em completa desordem. Nus e ao som de músicas antigas, brincamos com os nossos corpos sem qualquer limite. Em pouco tempo, batizamos a cama. Renato jorrou no meu peito e eu - quase ao mesmo tempo que ele - esporrei nas coxas da Beatriz, que já havia gozado quando nos revezamos em senti-la pela frente."

terça-feira, 1 de abril de 2008

Identifico-me

Bela música do nosso eterno poeta Raul Seixas, com fotos do Marcelo Arantes. (Personalidades marcantes)


Maluco Beleza - Raul Seixas e Claudio Roberto

Enquanto você se esforça prá ser
um sujeito normal
e fazer tudo igual

Eu do outro lado, aprendendo a ser louco
Um maluco total
na loucura real

Controlando a minha maluquez
misturada com minha lucidez

Vou ficar
ficar com certeza
maluco beleza

Este caminho que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
por não ter onde ir

Controlando a minha maluquez
misturada com minha lucidez

Vou ficar
ficar com certeza
maluco beleza
Eu vou ficar.....

segunda-feira, 31 de março de 2008

Déjà Vu - Pitty

Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais

Mas eu sinto que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando o meu corpo


Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas e isso não me atrai


E não há razão que me governe
Nenhuma lei pra me guiar
Eu tô exatamente aonde eu queria estar

Mas eu sinto que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando o meu corpo nu


A minha alma nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou


Mas já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo


A minha alma nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou


Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa

domingo, 30 de março de 2008

Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
(Manuel Bandeira)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Soneto de Devoção

Essa mulher que me arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

Essa mulher é um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!

(Vinícius de Moraes)

terça-feira, 11 de março de 2008

Loucuras

Belas declarações me fez
Adorarei a ti como a mim
Lindo jovem como eu

Uniremos nossos corpos
Afogaremos em chamas
Nossas almas condenadas

Viverei eternamente ao teu lado
Garoto dos meus sonhos
Carrega-me até os braços teus

Desejo beijos vorazes
Sentir teu corpo suado
Ao enroscar no meu
Deliro, fico em extase

Meu Deus não jugará
Esses puros devaneios

Pois também uso palavras repetidas
Para dizer loucuras a ti
E que sempre te amarei.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Ouvi em algum lugar...

... que "a paixão é quando a gente fantasia que certa pessoa é diferente das demais."



Minissérie Queridos Amigos.

domingo, 2 de março de 2008

Reflita em meu pensamento!

A vida nos ensina como as ondas do mar. Derruba-nos, machuca e nos cura com os sais da eternidade.
(Ruan Carlos Teles)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mulher digna (em reforma)

Sofreste por vim e lutar
Nessa viagem tu foste
Sempre amiga e conselheira
Lágrimas caíram de ti
Que hoje limpam o meu rosto
Penso então...
Que nunca lhe perguntaram
Como estás Maria Cidélia?
Não tem mais jeito...
O tempo falou mais alto
Espero que esteja satisfeita
E feliz por dentro
Volte logo a realidade!
Assim ninguém sabe como estou
Totalmente enfermo, eu creio
Mas penso em ti
Minha querida avó
E madrinha dos meus pensamentos
Religiosos, contestantes...
Sobretudo bondosos
Você eternizou-se em mim
Como a primeira flor do canteiro
Tentarei seguir-te
Em busca de servir
Pois só assim chegaremos
Onde o sol nasce
E tenho plena certeza
Que és bendita
E tua recompensa
Está em minhas mãos
Aguarda-me
Com seu belo sorriso, poucos sonhos!
Adoro seu jeito simples
Vista sua roupa de domingo
Mais bonita e com seu perfume
Gostaria que soubesse
Que sempre te amei
Queria poder fazer seus gostos
E te levar para onde nunca foi
Pois a vida foi cruel contigo
Mas nunca foste derrotada
Nem demonstrou ingratidão
Queria poder ver seus gestos
E ouvir sua voz novamente
Lembro como recebia
Todos seus descendentes
Agora estou sofrendo
Lágrimas querem desfazer as letras
Tu que soubeste aproveitar a vida
Um dia após o outro, envelhecendo...
Ao lado de todos que amou
Sempre tiveste alma de criança
Quero um dia passear contigo
Levar-te a festejos
Ver-te feliz até o sol se pôr
E quando a lua surgir
Dar-te um grande beijo
De adeus.

(Ruan Carlos Teles)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Memórias deletadas

Pingam lágrimas escuras
Assim esfriando o meu rosto
Óculos, roupas, carros
Tudo pertence ao nada!

Imaginações precoces
Sempre tive e fui
Zombado por todos

Minha complexa história
Fora contada aos deuses
Que recusaram meus pensamentos

Todos tentam aceitar
Hipnose...

Já não resta-me mais nada
Somente a esperança
De minha vida ser arquivada
Em uma simples folha de outono

Pois talvez fui feliz
E hoje não vejo nada
Um cadáver no caixão
Onde os sonhos nascem...

(RuCa)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Engano

Quero comprar minha carta
Necessito desta liberdade
Almejo ver o mar
E banhar-me naqueles lábios
Lábios que desde menino sonhei
Vida minha que faz sentido
Em que lugar te encontrarei?
Enquanto isso os erros me ferem
Sofro calado, choro
Aperta o peito, dói muito
Mas ninguém pode me ajudar
Dá-me meu ursinho de pelúcia
Grato!

(RuCa)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sono

Meus olhos se fecham
Meu corpo repousa
Meramente adormecido
Minha alma flutua
Na escuridão deste quarto
Onde o barulho noturno
Não me atormenta
Fazendo-me ninar
E esbanjar-me
Num doce sono.

(RuCa)